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Os consumidores brasileiros estão mais bem informados sobre sustentabilidade, têm mais interesse pela Responsabilidade Social Empresarial e estão mais críticos em relação às empresas. A boa notícia é resultado da pesquisa divulgada em abril pelo Instituto Akatu que entrevistou 800 pessoas com mais de 16 anos, de todas as classes sociais e de 12 capitais e/ou regiões metropolitanas de todo o País em 2012.
“O estudo mostra que grande parte da sociedade brasileira já compartilha, mesmo que de forma difusa e pouco consciente, a noção de que, uma vez satisfeitas as necessidades básicas, a busca da felicidade implica em tomar o caminho da sustentabilidade e não o do consumismo”, afirma Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu.
DECISÃO DE COMPRA
Ao valorizar mais o consumo consciente e as opções mais sustentáveis, o consumidor brasileiro também passou a ser mais exigente em relação à atuação das empresas. O levantamento do Akatu revela que o comportamento das empresas impacta diretamente na decisão de compra dos consumidores, que destacam cinco aspectos como motivadores de preferência ou admiração por determinadas empresas:
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As duas práticas que mais negativamente impactam a disposição do consumidor para comprar produtos de uma empresa ou falar bem dela continuam as mesmas de 2010 e de anos anteriores: “Ter produtos que podem causar danos à integridade física dos seus consumidores” (72%) e “Fazer propaganda enganosa” (71%).
“Saber que o potencial de adesão ao consumo consciente e à sustentabilidade já se expressa nos desejos dos consumidores é um sinal de alerta para empresas e lideranças em geral, que deveriam avaliar mais profundamente suas estratégias de explorar um modelo esgotado, insustentável e conflitante com as aspirações dos consumidores e com suas concepções de felicidade”, indica Mattar. “Sustentabilidade e responsabilidade social são e continuarão a ser pilares fundamentais para apoiar a transição civilizatória em que estamos todos envolvidos. Por isso mesmo, estes pilares devem ser incorporados às práticas reais das empresas”, complementa. Por outro lado, a pesquisa indica que houve um aumento do ceticismo dos brasileiros com relação às empresas: o percentual de consumidores, já baixo em 2010, que acreditava incondicionalmente no que as empresas divulgam sobre suas práticas de Responsabilidade Social Empresarial caiu de 13% para 8%.
O aumento do ceticismo se relaciona possivelmente com o crescimento da compreensão sobre sustentabilidade e do interesse por informações. O contingente de brasileiros que “ouviram falar” do termo sustentabilidade aumentou de 44% para 60% em dois anos, bem como o interesse de buscar informações sobre o tema (de 14% para 24%). Quando comparado a diversos outros, os dois únicos temas que tiveram expressivo crescimento no nível de interesse do consumidor foram justamente o da Responsabilidade Social Empresarial e o da Sustentabilidade: em 2010, ambos estavam em um patamar inferior a todos os demais e, em 2012, 24% apontaram seu interesse no tema Sustentabilidade e 25% em Responsabilidade Social Empresarial, praticamente ao mesmo nível de temas tradicionais, como Empresas/Negócios (26%) e Política (30%).
Refletindo sobre o papel das empresas, Mattar apontou que “certamente há papéis fundamentais a serem desempenhados por todos os atores sociais. Mas, também é certo que as empresas têm um papel fundamental no processo, fomentando e dando concretude ao trajeto rumo a uma sociedade mais sustentável, de forma a incluir os bilhões de seres humanos ainda privados das condições básicas para a promoção de seu bem-estar e segurança material, respeitados os limites do planeta”.
Para saber mais:
Relatório completo da Pesquisa Akatu 2012:
http://bit.ly/Pesquisa2012
Sumário de conclusões da Pesquisa Akatu 2012:
http://bit.ly/SUM2012
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